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domingo, 12 de janeiro de 2014

Está alí..o SONHO



A mão treme
Ansiedade anual
conduzida
por vontades ampliadas;
Sonhos que acordam
ao pegar no lápis.
Mestres queridos.
Amigos do livros e nossos também.


Nomes
Notas
Notório é o paralelismo insensato.
Classificação daqueles que também sonham .

Tantos para poucas vagas.
Vagas para tantos.
Tantos sem vagas.

Um vago nunca foi tão vazio.

Devagar o vazio anseia ser preenchido
por nomes.

Enquanto a semana arrasta
o corte aumenta, a angústia também.
Mas que obra paradoxa de forma sisuda ele apenas corta.
As vezes doí
As vezes chora.
Não porque os sonhadores são fracos.
Mas porque acordar com cortes diferentes pelo corpo ,pode ser danoso.

Danoso é não saber
É ter a nota simplista e sem caso
Desconhecida e
Anônima

Que suspense.
Pense.
Porque, eu acabei me esquecendo de perguntar, do porquê disso.
Acumulei perguntas não respondidas.

Que marasmo
isso
tudo.

É, nem foi dessa vez que o corte provocou
a hemorragia regrada .
Não foi dessa vez que sonhou se esvaziou.
Um corte, aqui
um curativo acolá.
Não importa.
Não somos números.
Apenas somos.
Uma pergunta a ser feita.
Uma esperança renovada.
Uma garra que as vezes precisa gritar
Gritar , e ver que ainda estar vivo.
O sonho ainda está ali.
E que bom que está.

 

Centro do Mundo





Centro do mundo eu estou.
Egoísmo , nosso ismo querido.
Gritos, e almas raivosas diante de um diálogo.
Cadê?
A indubitável
calma
da alma.
Seguindo a regalia, não vimos a hora passar.
Mas reparamos na desgraçada fila do pão
Reclamamos.
Seja com a voz. Ou com os olhos revirados
O Centro do mundo
um lugar incerto e egoísta.
Nesse centro, afundamos.
Sem perceber.
Egoísta forma de se viver.
Nos despimos de gentilezas retóricas e agredimos a alma, a calma, e nós.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A distância é o mais perto do que temos




Não sinto mais aquela ventania de antes. Não sinto mais o meu coração dilacerar. Não vejo. Não olho. Não enxergo.
Me tornei cega para não visualizar o desnecessário acaso, o romance plagiário, o beijo impassível, o sorriso regrado.
Gritei um ADEUS prematuro para não dar chances ao coração de aglomerar lembranças tuas.
Dar adeus para continuidade , não me previu de chorar a noite e manchar travesseiros. Apesar de respirar , ali , deitada na minha cama, eu sabia que já sentia dificuldades de ver que as coisas , as pessoas, e até o tempo passa.
Função do tempo é passar , enquanto a nossa é fingir que nos acostumamos com o bater dos ponteiros.
Contudo, nesse momento eu quero que o relógio tenha pressa. E passe para a próxima hora. Hora essa ,que eu não vou ter mais lembranças das noites e dos dias que fizeram parte do nós.
Que o tempo passe para dar lugares a outros rostos.
Que a lembrança passe.
Que a saudade fique só a noite.
Que você siga
Que eu fique.
Assim a distância se cria.
Enquanto um caminha e segue.
O outro para e fica.
Um paralelismo sensato para despedidas.

Distância, um vácuo nosso.
Distância, uma instância que mantêm parte de nós.
Sem ela não estaríamos perto
Perto para atenuar o que já não existe;
O amor

Uma poesia quase perdida




Eu sou poesia
Sou versos sem rimas
em estado paralelo
Tem horas que sou soneto e horas que sou verso livre soltos no limbo.
Tem horas que sou romântica mas daí lembro que preciso ser realista, e acabo quebrando a metáfora das frases.
Entretanto,
o que
sou mesmo é um barroco.
Um conflito, um contraste já tão costumeiro e sem fardo.
Contudo,de segunda a sexta sou parnasiana , só para combinar com a rotina que rima com disciplina .
Sou parnasiana à paisana, gosto da descrição e dos tercetos desenhados no papel.
Sou poesia.
Sou versos inacabados, versos brancos e meio coloridos.
Sou o neologismo que não faz parte daqueles de Guimarães Rosa.
Não sei em foco eu conto essa história.
Mas sei que não me chamo Aurélia, Luciola , e nem Iracema.
Já me disseram que meus olhos são normais , longe de serem oblíquos e dissimulados.
Sem heterônimos eu sei que vivo como uma pessoa normal.
Eu sou apenas uma poesia escrita
Em algum papel.
Sou a poesia que ainda não decidiu o seu tempo e seu estilo.
Está perdida. Precisa ser achada e colocada no lugar certo.
Ela precisa encontrar um lugar para pousar.
Seja no coração, na música ou no papel.
Em que lugar era pousará?
Eis a questão

Sobrevivente




Eu vejo de forma opaca. Vislumbro mas sem idealizar.
Digo sim aos dias tristes e felizes. Digo sim e sigo para o futuro.
Caminho e não ligo para as pedras do caminho que Drummond disse que tinha.
Com tropeços eu só peço que no fim as coisas deem certo.
Quero ver a trivialidade se confrontar com a minha maneira de agir.
Eu só quero sobreviver
Porque a vida é assim , cheias de reticências, frases hiperbólicas e metáforas simbolistas.
No fim, eu só peço que eu sobreviva
sobre a vida
de forma
sóbria, ávida e viva.
Porque das sobras não sobra nada, só
a vida.

sábado, 23 de novembro de 2013

Encontrei uma direção, um leme, um amor




Estou de frente pra você. É você está lindo, mesmo com todo esse aspecto. nervoso. A felicidade acaba de palpitar no meu sistema nervoso. Meu cérebro acha que é o coração. E o meu coração já não sabe nem disfarçar, já disse para ele parar de pular que nem criança quando te ver.. Desobediente ele é ,não consegue ser discreto.
Como em uma coreografia, todos já parecem estar nos seus lugares. Meu pai do meu lado. Você na frente. E muitas pessoas no extremo. Vai ser tudo perfeito . não vai? você prometeu. Vai ser a dança mais linda. Afinal tem a trilha sonora escolhida por nós.
To nervosa. E você como está? calma já ,já chego ai ,do seu lado.
Como " o oi tudo bem ! virou quer casar comigo? Hoje aquelas pessoas que eram desconhecidas selam um matrimonio. uma aliança. Uma parceria. O arroz e o feijão., o esmalte e acetona, eu e você. Nós.
Entre sorrisos e algumas lágrimas eu me lembro do inicio. Afinal no "fim" a gente acaba pensando no inicio. Como uma simetria sem causa.
As rosas vermelhas na qual seguro me lembra da toalha de natal que a sua avó colocou . Se lembra do jantar que ela fez na primeira vez que você me levou lá? Estava chovendo muito e você fez questão que eu fosse. Mal sabia que já era um plano tramado. Eu iria dormi lá. E ficamos a noite toda na varanda sentados , escutando a sua vó dizer do truque que foi, ela conquistar o seu avô.
Entre esses devaneios de pré esposa, eu percebo que estou chegando
E o coração começa a dançar loucamente. As mãos tremem. E eu sorrio. Você beija a minha mão. Olha o meu pai com aquela cara de responsável, todo fofo. e por fim sorri pra mim. Me sinto leve e feliz. me sinto transbordada e corajosa. Finalmente encontrei a metade do maracujá para a minha metade da laranja. Encontrei um tesouro e não mais um romance plagiário do passado. Encontrei um futuro. Encontrei o leme do meu barco. Encontrei você

É em amor ou em goles de café?





Como você mede um ano de vida? Como você mede? Em centímetros ?Em notas? Em versos? copos de café? gotas de chuvas?
Em sorrisos . Ou em Amor?
Você mede
em equilíbrio
sem perder a dose
sem errar
sem viver
sem amar
sem perder a rima
você vive
para mediar o sim
E acaba perdendo a dose
porque a quantidade é irregulada, ou porque você não gosta de matemática?
Como você mede a vida?
Em perguntas? pelas lições que se aprendeu ? Por lembranças? Por tropeços

E agora, José?
Não sei terminar
esse devaneio
sem responder
É em amor? Ou em goles de café?
Como se mede a vida?
em Fahrenheit? Celsius ?ou em pressão atmosférica?
Em nada disso versos estranhos!!!

Meça em amor é mais fácil
é mais digno e
tem menos letras.
Pode ser clichê ou falacioso isso,
mas essa é a melhor resposta que eu encontrei para saber que a minha vida,
não é sublime ao tempo , e nem a medições que restringe a vida.
É muito mais do que qualquer formulação de pensamento.
Ela apenas são algumas interseções e somas que tenho que aprender a fazer.