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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A distância é o mais perto do que temos




Não sinto mais aquela ventania de antes. Não sinto mais o meu coração dilacerar. Não vejo. Não olho. Não enxergo.
Me tornei cega para não visualizar o desnecessário acaso, o romance plagiário, o beijo impassível, o sorriso regrado.
Gritei um ADEUS prematuro para não dar chances ao coração de aglomerar lembranças tuas.
Dar adeus para continuidade , não me previu de chorar a noite e manchar travesseiros. Apesar de respirar , ali , deitada na minha cama, eu sabia que já sentia dificuldades de ver que as coisas , as pessoas, e até o tempo passa.
Função do tempo é passar , enquanto a nossa é fingir que nos acostumamos com o bater dos ponteiros.
Contudo, nesse momento eu quero que o relógio tenha pressa. E passe para a próxima hora. Hora essa ,que eu não vou ter mais lembranças das noites e dos dias que fizeram parte do nós.
Que o tempo passe para dar lugares a outros rostos.
Que a lembrança passe.
Que a saudade fique só a noite.
Que você siga
Que eu fique.
Assim a distância se cria.
Enquanto um caminha e segue.
O outro para e fica.
Um paralelismo sensato para despedidas.

Distância, um vácuo nosso.
Distância, uma instância que mantêm parte de nós.
Sem ela não estaríamos perto
Perto para atenuar o que já não existe;
O amor

Uma poesia quase perdida




Eu sou poesia
Sou versos sem rimas
em estado paralelo
Tem horas que sou soneto e horas que sou verso livre soltos no limbo.
Tem horas que sou romântica mas daí lembro que preciso ser realista, e acabo quebrando a metáfora das frases.
Entretanto,
o que
sou mesmo é um barroco.
Um conflito, um contraste já tão costumeiro e sem fardo.
Contudo,de segunda a sexta sou parnasiana , só para combinar com a rotina que rima com disciplina .
Sou parnasiana à paisana, gosto da descrição e dos tercetos desenhados no papel.
Sou poesia.
Sou versos inacabados, versos brancos e meio coloridos.
Sou o neologismo que não faz parte daqueles de Guimarães Rosa.
Não sei em foco eu conto essa história.
Mas sei que não me chamo Aurélia, Luciola , e nem Iracema.
Já me disseram que meus olhos são normais , longe de serem oblíquos e dissimulados.
Sem heterônimos eu sei que vivo como uma pessoa normal.
Eu sou apenas uma poesia escrita
Em algum papel.
Sou a poesia que ainda não decidiu o seu tempo e seu estilo.
Está perdida. Precisa ser achada e colocada no lugar certo.
Ela precisa encontrar um lugar para pousar.
Seja no coração, na música ou no papel.
Em que lugar era pousará?
Eis a questão

Sobrevivente




Eu vejo de forma opaca. Vislumbro mas sem idealizar.
Digo sim aos dias tristes e felizes. Digo sim e sigo para o futuro.
Caminho e não ligo para as pedras do caminho que Drummond disse que tinha.
Com tropeços eu só peço que no fim as coisas deem certo.
Quero ver a trivialidade se confrontar com a minha maneira de agir.
Eu só quero sobreviver
Porque a vida é assim , cheias de reticências, frases hiperbólicas e metáforas simbolistas.
No fim, eu só peço que eu sobreviva
sobre a vida
de forma
sóbria, ávida e viva.
Porque das sobras não sobra nada, só
a vida.

sábado, 23 de novembro de 2013

Encontrei uma direção, um leme, um amor




Estou de frente pra você. É você está lindo, mesmo com todo esse aspecto. nervoso. A felicidade acaba de palpitar no meu sistema nervoso. Meu cérebro acha que é o coração. E o meu coração já não sabe nem disfarçar, já disse para ele parar de pular que nem criança quando te ver.. Desobediente ele é ,não consegue ser discreto.
Como em uma coreografia, todos já parecem estar nos seus lugares. Meu pai do meu lado. Você na frente. E muitas pessoas no extremo. Vai ser tudo perfeito . não vai? você prometeu. Vai ser a dança mais linda. Afinal tem a trilha sonora escolhida por nós.
To nervosa. E você como está? calma já ,já chego ai ,do seu lado.
Como " o oi tudo bem ! virou quer casar comigo? Hoje aquelas pessoas que eram desconhecidas selam um matrimonio. uma aliança. Uma parceria. O arroz e o feijão., o esmalte e acetona, eu e você. Nós.
Entre sorrisos e algumas lágrimas eu me lembro do inicio. Afinal no "fim" a gente acaba pensando no inicio. Como uma simetria sem causa.
As rosas vermelhas na qual seguro me lembra da toalha de natal que a sua avó colocou . Se lembra do jantar que ela fez na primeira vez que você me levou lá? Estava chovendo muito e você fez questão que eu fosse. Mal sabia que já era um plano tramado. Eu iria dormi lá. E ficamos a noite toda na varanda sentados , escutando a sua vó dizer do truque que foi, ela conquistar o seu avô.
Entre esses devaneios de pré esposa, eu percebo que estou chegando
E o coração começa a dançar loucamente. As mãos tremem. E eu sorrio. Você beija a minha mão. Olha o meu pai com aquela cara de responsável, todo fofo. e por fim sorri pra mim. Me sinto leve e feliz. me sinto transbordada e corajosa. Finalmente encontrei a metade do maracujá para a minha metade da laranja. Encontrei um tesouro e não mais um romance plagiário do passado. Encontrei um futuro. Encontrei o leme do meu barco. Encontrei você

É em amor ou em goles de café?





Como você mede um ano de vida? Como você mede? Em centímetros ?Em notas? Em versos? copos de café? gotas de chuvas?
Em sorrisos . Ou em Amor?
Você mede
em equilíbrio
sem perder a dose
sem errar
sem viver
sem amar
sem perder a rima
você vive
para mediar o sim
E acaba perdendo a dose
porque a quantidade é irregulada, ou porque você não gosta de matemática?
Como você mede a vida?
Em perguntas? pelas lições que se aprendeu ? Por lembranças? Por tropeços

E agora, José?
Não sei terminar
esse devaneio
sem responder
É em amor? Ou em goles de café?
Como se mede a vida?
em Fahrenheit? Celsius ?ou em pressão atmosférica?
Em nada disso versos estranhos!!!

Meça em amor é mais fácil
é mais digno e
tem menos letras.
Pode ser clichê ou falacioso isso,
mas essa é a melhor resposta que eu encontrei para saber que a minha vida,
não é sublime ao tempo , e nem a medições que restringe a vida.
É muito mais do que qualquer formulação de pensamento.
Ela apenas são algumas interseções e somas que tenho que aprender a fazer.




Um dia ele se acostuma




Essa é uma linguagem que desconheço.
É um piso de vidro , já rachado pelo vento
Uma espécie de tempestade silenciosa
uma nostálgica sensação que veio pela manhã
Manhã nefasta essa, que esquece de dar Bom dia
o dia só começou pra mim. Não porque sofro de insônia.
Mas porque acordei em meio atalhos e porventura achei que seria legal
me despir de mim mesma e dizer que não estou disposta a esquecer.
O acontecimento de ontem
antes daquele vinho derramado no sofá branco.
Antes da ultima frase e do ultimo argumento.
Que já nem me lembro.
Só lembro que o vizinho reclamou.
E que eu pisei no rabo da sua gata.
É serio.
A lembrança nunca foi problema pra mim.
Não me lembro nem mais, se os seus olhos são azuis ou verdes.
Por chute eu diria que era preto.
Mas , não sei ao certo os meus olhos , tem uma retina defeituosa..
então não me culpe.
Culpe os meus olhos
que não viu que isso nunca iria dar certo.
Minha mãe , sempre me disse que eu tinha uma ótima visão.
Mas para frente descobrir que eu não sabia enxergar muito de perto.
Com esse argumento falacioso.
Peço que você saia da minha cabeça.
É fácil.
Acredite. Esquecer é só uma atenuação para tudo isso.
O próximo ato é o seu
Eu já sai do seu apartamento .
Falta você sair da minha cabeça.
Falta..
faz falta
mas não é saudade
é apelo.

com o tempo o coração se acostuma.

Ele se acostuma.

O que eu sinto é de propósito.



De proposito ao natural a minha fala diz que não tem medo de esperar.
Só tenho medo do tempo na escala contrária. Aquela desprovida dos nuances da trivialidade.
Espero que a lentidão faça parte do meu relógio. Que o ponteiro se cansa , e do nada pare. Pare, pare pensar.
Espero não ser a errante da estrada. Não quero me preocupar tanto assim com que toque vou colocar no meu celular. E nem com o latino canino, do apartamento 301.
Eu , só quero um café de esquina. Pode ser uma confeitaria, um bistrô, ou até no bar Zeca. Meu desejo, é sentir , para não me acostumar. Só isso .É pensar que o choro , limpa. E que a risada pode ser falsa. Sem paradoxo para essa frase. E por favor, sem maniqueísmo para um pobre ser humano proveniente de normalidade.
Sem extremos eu digo que quero menos fardos. Quero um olhar sensível e um coração filtrado.
Quero muitas coisas. Mas são poucas coisas que vale o tamanho vazio que é a minha cabeça. Não sou feita de virtudes e por isso não digo o que vem na minha cabeça. Digo o estranho. Deixo as palavras soltas no limbo, em efeito de dicionários. E depois falo.
Estranhamente eu sei que sou.
Sei que , o que existe em mim ainda é segredo.
È segredo porque não sei andar ainda, sem olhar para atrás . O meu passado longínquo não encontrou o seu lugar. Continua presente , perdido no meio da saudade das fotos velhas, em meio de traças e sujeiras.
A nobreza da lembrança é tão importante que precisa ser registrada em fotos. Um monumento inquestionável.
Não sei para que. Acho que fotos sofrem de solidão. E por isso precisam de nós. Pobres humanos.
Digo que a minha lembrança a paisana é preguiçosa e não quer se lembrar de certas coisas. Ok?
Por isso, devaneios estranhos que aproveitam a presença da minha fraqueza humana e vem me visitar. Digo lembranças , vão dormir. Me deixam aqui sozinha.
Espero não estar parecendo maluca.
Não é tensão pré menstrual.
São pensamentos.
Que estão latentes e rebeldes, necessitando de uma dipirona.
Eu sei, que isso está longe de um pesadelo
Isto está perto de mim.
Ou perto do sujeito indeterminado hipócrita que fui.
As fotos , já não recordam. Mas corta.
Porque?

É injusto dizer o que você é



Você é algo que ao terminar essa frase já se transfigurou em outra coisa.
Algo maior. Com certeza.
Deve ser por isso que as pessoas falam que eu estou diferente.
Será que sentir algo por você. esteja atrelado à algo metafísico, a ponto de eu ter sonhos estranhos e sorri sozinha no meio da rua?
Eu sei que pensar em você é meio óbvio, até porque eu gosto de você.
E de fato , já gostei de muitas pessoas. Já gostei de gente que tem nariz grande, de gente que tem miopia, de gente que sabe cozinhar. Mas nunca gostei de gente que nem você. Confesso, pra mim , que esse seu estilo à paisana e sua voz me conquistou. Não que você cante. Na verdade você canta mau a beça.
Prefiro a sua voz mansa no meu ouvido. Prefiro você do meu lado e não longe.
Gosto do seu cheiro. E da forma que você pisca os olhos quando está com sono.
È injusto dizer o que você é.
Talvez porque nunca fui boa em gostar de ninguém. Na verdade nunca fui boa em dizer o que sinto. Não diante de uma folha em branco. Sempre fui boa com o silencio.
Mas , logo veio você quebrar o silêncio que eu vivia.
Acho que quebrei tanto o coração, para que um dia ele pudesse se encaixar ao seu.
Porque eu sei que o qual querido você é. Sei que tem outras amantes e pessoas queridas ai nesse coração de manteiga. Mas cheguei a tempo de pegar um lugarzinho.
Sorte a minha ter te conhecido alguém que goste mais de Kafka que eu.
Sorte a minha, não vou morrer sozinha com os meus gatos.
Sorte sua, eu ter conseguido escrever até agora.
E você sempre dizendo que eu não sei ser fofa. Mas fazer o que?
Depois de tantas cartas fofas , que você já fez, fazer uma pra você , me parece justo.
Apesar de tudo. Eu ainda sou a mesma. Aquela que você escolheu , para viver ao seu lado. Apesar de achar que você estava bêbado ao fazer isso.

Por fim, as palavras somem e pegar os lugares das lagrimas , mas eu ainda digo é muito bom estar ao seu lado.
É aconchegante.
É um ato de amor, descompassado e irregular à ponto de ter medo de te perder. Não perder você para outra pessoa. Mas perder você para a vida.
Com tudo isso, você pode dormir feliz hoje, pois a sua namorada soube ser romântica,só pra fazer você sorrir.
E quer saber ,dizer isso pra você , foi mais que bom.
Apesar de ser injusto dizer o que você é.
Eu digo.
E grito. Nem que seja no meu silêncio.
Digo que você é a minha melhor sintonia. Minha melhor frase . Meu melhor amigo.
Preciso dizer que te amo?
Ou você já se convenceu. Escrever que amo você é só uma frase pequena. A parte semântica de tudo isso , daria um livro.








Mais uma



Ela era apenas mais uma naquele lugar. Mais uma na lista telefônica, mais uma em meio de multidão. Ela gostava de usar a primeira pessoa do singular para se conhecer e não porque ela era egoísta. Gostava da terceira pessoa,só para não aceitar o fato de gostar tanto da segunda.
Tinha repúdio dos plurais porque tinha inveja da sua extroversão.
Não gostava de acentos, devido ao fato, deles serem sozinhos e tão dependentes das letras. Ou seria o contrário?
Mas algo, que gostava muito era de pontos. Seja ele qual for, a necessidade de usa-los era evidente.
E isso é culpa da sua insegurança. Afinal, o ponto era sinônimo de mudança prematura, quer dizer que se recuperaria, logo. Ficar com saudades da frase anterior, não iria acontecer. Sem chances de nostalgia e lirismo. Sem apegos, sem apelos. Sem. Ponto final.
Ela era apenas mais uma que não sabia usar os termos certos. Não sabia se o seu futuro era perfeito ou imperfeito.
Sabia que mais que perfeito era a facilidade dela de mentir.
Uma mentirinha aqui, outra, acolá, demonstrava que no lugar do seu coração , tinha mesmo, era uma interrogação.
Já disse. Ela era mais uma.
Mais uma oculta e destemida que respira, que polui, que ama, que desama.
Mais o pior defeito mesmo dela , era que ela não sabia FICAR. Eles sofriam. Pobres.
Ser nômade era o fardo que carregava.
Ela gostava mesmo era de não ser dependente de outros.
Ser errante concordava com o seu caráter singular e aventureiro, mas , ainda sim pouco corajoso.
Que sujeito pequeno para tantas descrições.
Ela era apenas mais uma.
Um.
Impar
que não encontrou o seu par.
E por isso, se contenta em buscar em frases , um certo escape, para sonhar e mentir.
Tornar outros sujeitos, somar outros adjetivos e brincar com artigos, até que não é tao ruim assim. Pensava ela.
Assim sua alternativa era criar para não se desligar do eu lirico, e assim poder desenhar frases para ver se encontra em um desses parágrafos uma RESPOSTA, para o seu coração interrogativo.
Ela espera que no futuro do presente ela encontre uma resposta e pare, finalmente de colocar tantos pontos por ai.
Afinal, tem uma hora que cansa procurar a resposta perfeita. Ela apenas quer uma resposta que caiba no seu coração e nas suas palavras.
Ela era apenas mais uma que queria um amor.
Ponto de exclamação.




 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Monólogo Escrito


Nunca tive o hábito de observar. Na minha cabeça tudo era denoto. Eu via apenas o necessário. Sem questionar nada eu vivia. O silêncio bastava. O monólogo para a fala egoísta, era a certeza que o tempo passava. Mas eu nunca liguei para isso mesmo.
Não sei pensar na vida. Só sei vive-la. E isso já é muito. Deixo as analises pessoais e viscerais para Machado e Freud. Talvez as ideias deles sejam mais otimistas e menos conservadoras do que as minhas.
Pouca complexidade, eu desejo para os meus problemas. Para a minha insônia eu desejo um café . E para o meu egoísmo eu não desejo nada.
Como um ultimo suspiro, escrevo , para não esquecer que um dia , eu fui uma pessoa menos hostil, que via o sol como um inicio de uma metáfora. E que via a vida de forma trivial e não como uma efemeridade do tempo.
Escrevo de propósito . Escrevo com um objetivo.
Escrevo, com a esperança de um encontro.
Um encontro do que eu sou e o que fui.


A certeza na frente , a História na mão.


 

Acordei e vi restos da chuva , camuflando a janela quebrada. O cenário visto , pela janela era uma sobra de uma onda nefasta. Parecia que já havia visto aquilo.
A curiosidade obedeceu o ímpeto. Olhei pela janela, e vi plebeus derrubando reis. Vi 'sans cullotes' avançando a Bastilha. Vi guilhotinas, vi militares abafando o grito de justiça e igualdade.
As... revoltas, as ditaduras, as alianças, a inflação, os impostos, o canhão, a censura , o ''plim plim''.
Não tem como não se remeter ao passado. Quem tem memória é que sabe, que de efêmero é só o tempo. Os governos e os homens são os mesmos. O que nós damos hoje não passam de sinônimos para justificar tal progresso.
….................
Acabo de ser atingida . Não por bombas de gás lacrimogêneo, mas pelo orgulho de ver que os plebeus acordaram sedentos por mudança. Mudança essa, que não custa só 20 centavos. Custa dignidade.
Não queremos pagar, nem queremos o troco, trocador. Queremos infraestrutura ! O Brasil não é o primo tão pobre assim. Ele é rico. Isso mesmo. RICO. Não foi  por acaso que o Governo Português pediu ajuda ao Brasil para superar a crise econômica, nesta semana.
Pena que o seu tesouro é segurado por poucas mãos.
Quem diz isso , quem despertou , quem foi para a rua, não foi uma ''cambada'' de vandâlos , rebeldes e alienados -porque sempre os mesmos adjetivos mídia ?- .
Mas sim pessoas, cansadas de ouvir os mesmos discursos indutivos. A casa não está arrumada. Não é porque abasteceu a geladeira ou que arrumou o sofá para a grande festa, que não tem farelos debaixo do tapete.
Fazer grandes “obras” é fácil , difícil é fazer o pouco , é consertar o que não se fala, o que é do outro , o que está escondido.
Despertamos.
Será que o rei vai para a “guilhotina”?
E a constituição?
E os impostos?
E os direitos?
E o pão?
E agora , José?
E agora governo?
E agora Brasil?

terça-feira, 23 de abril de 2013

Uma vítima. Uma escolha


   Agora que eu cheguei até aqui , não sei mais dar continuidade a tudo isso .Não sei se me tornei uma vilã ou apenas a vítima do acaso.
Ora, a vítima até agora não identificou o seu advogado ,e muito menos, o rabugento do juiz. Das testemunhas, eu já nem quero falar. Tenho preguiça de escutar o mesmo método de argumentação. Criatividade eu desejo para vocês que metem e dizem que eu sou culpada. Eu , já disse. Não sou.
  Pare de acusações.! Até quando eu vou ouvir palavras que prezam a hostilidade?
Quero sair dessa sala. Não preciso ver esse conservadorismo que fala um “sim” prolixo.
Chega. Me larguem . Me tirem desse regime sem nome ,antes que as minhas lágrimas virem sangue. Descartem as suas leis. Para que elas servem? Para serem retóricas? Ou para serem mornas?
Está errado.
  Não sei se é melhor ser a vilã sem crime, ou  ser apenas a vítima que infligiu a lei tal.
Não sei . Qual é o meu papel.? Nem você sabe. Os papeis são extintos hoje. São invertidos. Que lei hipócrita. E que texto hipócrita.
  Tanta magnitude e holofotes para um mundo feliz. Para que? se algumas pessoas viraram ocas com o seus discursos indutivos. São muitos artefatos ,homens.! Muito jornal sem emoção. Muitos falsos críticos. Muitos papeis sem atores. Muitos espetáculos sem públicos. Muitas máquinas , e poucas pessoas. Muitos cérebros desligados. Eu digo , repito e imploro , não sou culpada mundo medíocre. Nem juíza. Sou apenas uma testemunha covarde. E você é o que? Você está fazendo algo? Ou apenas fica sentado achando a normalidade confusa. Quantos julgamentos, você precisa para se tornar um advogado vibrante diante desse mundo juiz? Cadê os seus argumentos? A sua verdade.?
Se torne , logo , agora, já ,esse advogado, antes que você vire o réu desta sala escura. Chamada: Mundo

segunda-feira, 25 de março de 2013

Coração sem saída





Você está distante de mim e perto de me perder. Quantas desavenças. Quantos gritos e poucos sorrisos. Perdemos a felicidade. Meu coração é uma nuvem leve agora, que já não procura um escape, mas o encaixe perfeito entre o sentimento e o equilíbrio.
Não vou cumprir ordens dessa emoção. Já paguei a fiança e coloquei os pontos na frase. Não quero pensar que o ontem não teve o amanha e o para sempre. O futuro que criei não me conhecerá. Confesso, tenho medo.
Eu sussurro para acreditar que o adeus não é algo tão grande é só uma palavra de duas sílabas. Sussurro para não ser amiga do silêncio.
Vou pegar o meu coração de volta. Chegou a hora da devolução. O atraso terminou na última sexta feira. Você fez a sua parte e saiu de cena, pela porta dos fundos. Você dizia algo com os olhos. Não eram lágrimas, mas algo sem interpretações.
Quando você estava no corredor esperando o elevador chegar. Eu pensei em colocar - por que não?- as minhas lembranças em um brechó? Sim baratas são as minhas lembranças contigo, perdeu valor e crédito. Não quero lucrar diante do que já passou, pois o meu coração precisa ser renovado, este aqui dentro de mim já viraste um labirinto onde as paredes mudam sempre. Minhas pernas já doem em correr para encontrar a saída. Vou descansar e finalmente pensar em como derrubar essas paredes e reconstruir um  novo chão para me apoiar.
Sem desculpas ,e sem brechas para tristezas eu decido ir dormir, sem pensar no amanha nem no seu ontem. Pensar no “sei lá” porque no final tudo passa. Nada é permanente a não ser a mudança. Ainda que mude o referencial, o andar, o lugar...
Um dia as paredes vão cair, as cores vão mudar, e um dia descubro a saída desse labirinto, chamado coração. Você já conseguiu eu sei. Mas eu continuo presa aqui esperando uma luz chegar. Esperando o amor tocar a campainha.
Mas enquanto isso eu vou dormir e esperar.

domingo, 24 de março de 2013

A estrada dentro de mim


Piso no freio. A inércia aparece pelas rodas do carro. Abro a janela para sentir o aroma da natureza. O vento se diz presente e resolve me transportar frio.
Olho para frente. Vejo o meu mapa amassado . Um asfalto e um futuro. Isso me recorda aulas de geografia e filmes de terror... Quantas lembranças.
Saio de casa para ir ao outro lugar, estado, país, rua. Sabe o que isso quer dizer? Quer dizer que a distância de casa se tornou maior. Quer dizer que eu sou estrangeira e não sei falar o idioma dos meus pensamentos.
Ali naquele momento eu deixo as lagrimas caírem. Permito a concluir que nem tudo é tangível. Preciso arriscar, tentar uma velocidade maior. Permitir ser corajosa não é um fardo. É um alívio.
Tiro o pé do freio. Começo a dirigir a vida, Com menos medo. Porque o vocábulo certo é com muito medo. Mas isso faz parte. É a parte do caminho para derrubar, o que chamamos de barreiras, fronteiras e muralhas.
Somos assim humanos, efêmeros e hostis as vezes.
Com tudo isso dito, eu posso seguir por essa estrada, buscando coragem , buscando encontrar algo que nem eu sei o que é. Me sustento na expectativa. E sigo. Visualizando futuros. Profetizando otimismo. E escutando Los hermanos.
É isso. . . Se quiser vim leitor, fique a vontade. Eu só peço que coloque o cinto de segurança e o resto, é suspense.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O sujeito inexistente do amor


Te conhecer foi uma hipérbole para o meu coração sereno. Seu olhar fundo e o seu sorriso, me faz entender o quanto você é uma pessoa imperfeita perfeita para mim.
Seus óculos e sua barba ruiva  é uma mostra do estranho excêntrico que és.
Não queria estar escrevendo isso aqui, porque isso já se torna uma assertiva do quanto  penso em você mais do que devia.
Talvez isso seja  consequência das suas mensagens no meio da madrugada ou dos seus olhares misteriosos.
Todos esses devaneios sobre o que você causa em mim se torna uma consequência que não há questionamentos. Só há adeus aos porquês e as dúvidas. A certeza de estar perto de um amor estrangeiro é a resposta certa e absoluta . Não necessita de um justifique. Talvez a  forma do gostar , não seja o correto. Também espero que não seja um ímpeto, mas sim um prêmio sem discursos e sem segredos. Uma sutileza escandalosa que vibra aqui e que me faz escrever bobagens como essas. Me faz escrever metáforas incertas e paradoxos sem conflitos .
Em outras palavras ,me faz sentir feliz, sem ao menos entender e pesquisar em dicionários os seus significados. Me desligo de todas as definições e certezas. Porque apenas eu sei o significado que você tem pra mim. Só eu. 





terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sem título



Inexplicável. Certamente esse ato é impróprio. Uma caneta , uma folha e alguns personagens. Com rimas prolixas a caneta de tinta preta se empolga até que o erro chegue ao rabisco. Conseguir uma posição, um ambiente ou uma inspiração pode ser considerado difícil. A boa noticia é que o personagem nasce assim que você decide escrever. Simples?. Não. Contraditório.
A escrita não cria. O personagem cria a história. O autor apenas assiste. E a caneta e o papel são álibis do protagonista.
Escrever é ler em outro idioma É ver com menos censura. É amar de cabeça para baixo. É. escutar vozes à cegas. Sonhar sem permissão. Ser livre. Livre de significados. Livre para saber que o mundo não muda. Mas quem muda sou eu e você. Mudar de opinião mas não de atitude. Que virtude há nisso?
Tenho medo de tudo menos dessa coisa mítica que é escrever. Porque a caneta me obedece mais do que os meu pés . A folha é mais flexível que os meus sentimentos. Ela é leve e macia . É um pássaro sem asas que quer voar e sair do apoio da
mesa . Será que um dia esse papel sairá por aquela janela e pousará no coração de alguém.? Palavras tocam, eu sei .Palavras rudes ferem , mas palavras serenas podem mudar uma atitude. E atitudes criam mudanças. E as perspectiva se ampliam. Vidas mudam. E sorrisos nascem .
Certamente esse ato é próprio para os impróprios. Próprio para tornar a vida mais sutil e longa!





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O Amor chegou


Tá eu confesso, eu tentei. Não deu certo . O seu efeito ,é fatal. O meu coração é frágil. E o que fazer nessa hora?
Tem algo a fazer? Você sempre me disse que não tinha medo de amar. E sempre deixou claro o efeito que eu tinha para você
Não é que você me conquistou!!!. A metáfora para isso, é que me deixei ser conquistada. O amor venceu, e o sorriso nasceu.
Seu olhar brilhou, quando viu o "sim" sair pela minha boca. Meu coração palpitou. E as borboletas da minha barriga ficaram enlouquecidas . As lagrimas desceram com lentidão. Sua mão tocou na minha. Eu toquei no seu rosto. E agradeci por ter encontrado alguém que faz o meu coração dançar,e os meus olhos sorrirem.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

O texto que era para ser feito amanhã.



O amanhã sempre será uma dúvida. Mesmo sendo algo que não enxergamos , ainda sim confiamos nele, e sobretudo, colocamos nossas esperanças nesse dia qualquer que só existe no futuro.
Pois o amanhã, rouba nossas ações do presente. Que bobo esse presente!.Que bobo somos nós soldados do tempo, soldados dessa vida tão rápida e tão curta.
Temos a tendência de sermos tão otimistas ao acreditar que sim o "amanhã" pode ser uma solução para o que não foi feito hoje. Que o amanhã vai estar de braços abertos. Mas digo leitor, ele pode muito bem, estar de braços fechados, pois “ele “ não é uma garantia. O presente é. O amanhã até hoje é apenas um sonho,uma projeção, um ladrão de sonhos. Uma procrastinação de falsa propaganda.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tempo esse, que se confunde com a saudade




Sorrisos e gestos. Risadas que são risos. Brincadeiras com gosto de doce.
Tempos esses , em que a nossa vida era simples, corriqueira e passageira.
Por ser rápida ,pode ser considerada a melhor fase da vida. Pode ser considerada a fase em que você comia papel e tomava água da chuva.
Pode ser a fase  que te lembre das brincadeiras,das surpresas e das expectativas que era ganhar aquele presente no fim do ano.
Lembranças da infância é uma fotografia guardada pela saudade. È como um efeito de uma chuva em tempos de verão. È refrescante, é leve. E o que torna isso especial é sua passagem intrínseca .Chega uma hora que o doce acaba, que as pernas cansam, é nessa hora que o tempo chega. Tempo esse denominado de fase adulta. Lá as chuvas são as mesmas, marcadas só por trovoadas as vezes.
E assim me conformo . E aceito . Afinal a chuva de gosto gostoso , passou. Ficou em outra década. Ficou nas fotos. Ficou aqui. Dentro da minha caixa de lembrança. Que as vezes quando chove , eu abro pra lembrar da doçura que era ser criança.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Questão de tempo...




Comprei um celular novo. Esse ato consumista não está vinculado a pontos altos no cartão de crédito. Mas , sim , à uma forma de não lembrar das suas mensagens , uma forma de esquecer que o seu número começa com 8. Esquecer sua foto que combinava tanto com o toque daquela música.
Comprei o celular a vista. Mas deixei em prestações as lembranças, que insiste em não se transformar em juros.
Admito que já apaguei as músicas. Isso. Aquelas que você indicou para mim. Eram lindas, mas não se encaixam com o refrão dessa história que já comprou o seu fim. Já deletei as músicas, as fotos ..espero que o próximo seja você...
Será que um dia esse aparelho conhecerá o seu número? Ou será apenas um número desconhecido? Sei que as suas mensagens não fará mais partes das minhas noites. O seu “boa noite linda” estará sendo destinado para outro número.
Eu vou ser apenas um número fora de área para você, enquanto o seu estará sempre no silencioso pra mim. A boa noticia , é que o barulho que se restou desse silencio foi a batida do meu coração. Batidas fortes, tenho que advertir. Mas com o tempo ele reduz o volume, reduz a saudade, reduz o apelo.
Com o tempo esse aparelho despertará antes das 9:00 sem ter que se perguntar : cade você?..
Mas isso é uma questão de tempo..


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sou do tamanho da minha lembrança!

Coloquei o meu casaco, peguei o guarda chuva. Olhando para o espelho parecia que eu não estava esquecendo de nada. Estava protegida da possível chuva que estava por vim. Olhei para o teto não acreditando para onde eu ia, e o que estava por acontecer. Olhei e sorri para espelho , tudo vai ficar bem .Eu acho. Sai , pela porta, abrir o guarda chuva e mandei uma mensagem para ele. Já estava no final da tarde, ele havia me convidado para ir a uma lanchonete. A principio não queria ir, não queria saber da sua viagem incrível. Estou feliz por ele. E triste por nós. Ele como sempre foi o mais resolvido da relação, já estava decidido, já visualizava diversos planos e sonhos. Alma de aventureiro que me invejava. Não era um cara comum . Adorava livros e astronomia. Me prometeu que um dia iria me levar até saturno. Com ele eu conheci , coisas das quais eu não conhecia no meu caráter. Com ele fui corajosa, mulher, menina e louca. Ainda ressentida com o que esta acontecendo. Continuei caminhando ao encontro dele. Aproveitei para chorar bastante. Talvez as minhas lagrimas poderia se camuflar com a chuva, e se tornar talvez uma coisa “normal e corriqueira. Por fim cheguei. Vi ele sentado no canto e fotografei aquilo na minha lembrança. Trocamos olhares e alguns risos, quem via aquilo, até achava que aquilo era o primeiro encontro, mas não, era o ultimo. Sentamos . Ele pediu, o meu doce preferido e uma aguá.. Ele pegou na minha mão. Olhei para ele. Aproximamos as nossas testas. Senti a sua barba e ele sentiu o meu perfume. Respiramos. E abrimos os olhos . E naqueles olhos escuros eu vi o meu reflexo. Eu sorri . Ele me beijou. Quando o doce chegou eu nem toquei nele, não podia perde tempo . Tinha que guardar cada expressão, cada olhar com ele. De fato é muito difícil despedidas. E difícil chegar ao fim e sentir o vazio. Mas nem tudo dura para sempre. Até as palavras acabam. Mesmo tendo vivido muitas coisas com ele. Eu sentia que não tinha vivido o suficiente. Ele não vai morrer, ele só vai mudar de pais para sempre? Vamos ser de planetas diferentes. Ele conhecerá outra pessoas e eu também. Ele me perguntou como seria depois, e eu chorei. Ele me perguntou se eu estava triste, eu respondi que era alivio, por saber que ainda existe algo no mundo que faz o meu corpo tremer. Nos abraçamos e rimos , não lembro nem porque. Só lembro dos sorrisos. E prefiro ficar com eles. Com a felicidade. Mesmo que exista fronteiras, a maior fronteira somos nós mesmos. Decidimos isso , porque achamos o certo. Colocar a culpa no destino parece tão fácil, difícil e ter coragem, isso sim é um grande desafio. Quando vi a distancia nos afastando , senti um aperto inexplicável . Ele virou a esquina , enquanto eu esperava o sinal fechar. Cheguei em casa, e fui para o quarto que parecia diferente. Talvez porque eu estava diferente. Diferente como? Não sei. Em algum momento eu perdoaria aqueles pensamentos e dormiria. Acordaria e descobriria que o tempo passa, e entenderia o porque da viagem, o porque de tudo. Portanto o que impota são as minhas lembranças, pois elas me levam para antigos lugares. Antigos lugares me levam para antigas escolhas. E as duvidas não me levam a nada. Mas de fato durante isso aprendi , que eu não sou maior que o tempo, mas sou do tamanho das minhas lembranças. E sei que com elas eu consigo viver. Ele viajou e eu fiquei . Esperando alguém me levar a saturno . Porém não vou esquecer da chuva, da lanchonete, da barba e do olhar sincero. Isso tudo vai na bagagem. Na minha Bagagem de mosqueteira. E não quero levar isso como um fim de um filme romântico, mas quero levar como inicio de um filme de aventura. Dentre tantas coisas ele me ensinou o mais importante: que foi se aventurar pela vida. E por isso, ele vai ser a minha melhor lembrança.

Recado na geladeira: Sobre a noite de ontem





Seu cabelo molhado pingava na sua camisa branca. Isso deixava aquela cena mais atraente. Seu sorriso encantava , só perdia para o desenho de sua boca.
O obvio era dizer que você é lindo. Parecia que tinha saído de um comercial do Hugo Boss.
Já a surpresa ,é esclarecer que você fazia o meu não-tipo.
Já me disseram que existe uma linha tênue entre amor e ódio. São espécies de paradoxos sinônimos. Mas eu sei que não gosto de você.
Acredite isso que eu disse, não é um ímpeto , mas uma assertiva distante da conotação.
Não gosto da forma que você levanta a sobrancelha e muito menos quando o seu sorriso denuncia as suas covinhas. Seus olhos caramelos não combina com o seu cabelo escuro. E por favor esquece aquela história de usar jaqueta preta por cima da blusa branca, fica ridículo,não ache que está arrasando. Não está.
Já deu para entender que você não serve para mim?
Não serve entende. Ninguém mandou ser educado , gentil e generoso e ter um sorriso convidativo.
Desculpa pelas palavras que preza a hostilidade. Acordo mal humorada e sou ranzinza as vezes e de vez em quando MENTIROSA.
Com amor o seu amor.
carta de bom dia”


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A conversa com o coração


O devaneio se transformou em solidão. O amor finge que ama. A dor diz ser passageira. A utopia já se camuflou nesse coração vermelho. Sorte sua coração, que ainda não perdeu o seu vermelho , poderia ser opaco e oco já pensou?
Não foi dessa vez que o pessimismo venceu o amor. Confesso que ocorreu um empate no primeiro tempo , mas depois o coração fez uma jogada mirabolante e decisiva. Sorte sua, meu caro coração. Sorte.
Não foi dessa vez, que o coração vermelho se transformou em um coração borrado e sem vida. Ele bate ainda. Ele bate pelo o amor próprio e por amor a vida.
Talvez a solidão finge que ama. Eu sei. Talvez o amor é impróprio para maiores de 20. Ou talvez ou amor é apenas o amor. É apenas Julieta sem Romeu ou Heathcliff sem Catherine. É. O coração gosta de sofrer por coisas épicas. Mas eu já disse pra ele que as cantigas de amor e de amigo ficaram lá atrás , quando o amor era vassalo ainda , mas  ele insiste em ficar nesse cenário medieval citando poesias e declamando sentimentos. Pobre coração não sabe deixa de ser obsoleto! Sofrimento não rima contigo coração. Confie em mim. Rima com gratidão, admiração, celebração....mas não com dor e lágrimas. Enfiou isso na sua cabeça? quer dizer, enfiou no coração?.
Espero que sim ,porque amor sem amar não existe. Fica a dica!


sábado, 26 de janeiro de 2013

As peças do caminho



A infância espera a responsabilidade e a adolescência deseja a autonomia. Vontades e experiências são pilares dessa vida fragmentada , a qual tem o tempo como limitante.
A curiosidade e a simplicidade são marcas da criança que tem a fantasia como foco. A responsabilidade não pertencente ao dicionário infantil é vista apenas como uma construção dos pais para com os filhos. Afinal , o mundo dos contos de fadas não pode censurar o respeito e a disciplina , devida ao fato , de ainda não ter conquistado a responsabilidade
É nesse contexto de construção que surge o fruto da criança romantizada:o adolescente. Caraterizada por ser uma fase contraditaria , onde é situada uma saudade do passado e uma ansiedade do futuro. Paradoxos é a figura da vida desse jovem , de tal modo que oscile entre as depressões hiperbólicas e os eufêmicos dramas. Dessa forma, a autonomia é um presente e fim da contradição da juventude , porém não das contrariedades da vida adulta.
Embora , a sociedade afirme opiniões e discursos sobre a melhor fase da vida, o ato de construir uma vida já é a melhor fase. A simplicidade e os paradoxos são marcas e frutos da construção da maturidade e do clímax humano. Isto é, fragmentar a existência não é organizar e etiquetar as fases mais sim visualiza-las como um alegoria indispensável na formação do homem
Portanto é conveniente entender que as pessoas e suas matrizes são experiências contribuintes para as descobertas e virtudes conquistadas , pois as fases tem o seu maior significado , quando entendida juntas.

O que acharam?
 comente



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Você já viveu hoje?


Como anda a vida? andando , correndo, escalando ou voando.? Parece que todas essas formas gerundianas é uma assertiva de como as vezes nós tornamos protótipos desse tempo que não é rápido. Porque lento são apenas as palavras. Se não quer esperar . Então foge leitor . Assuma quem você é. Chega de desculpas e dizeres que você diz ser ideologias. Não perca tempo, achando que a sua vida é curta. As vezes de tanto correr por ela, ficamos cansados e perdemos os pés , a cabeça , e principalmente a lucidez. Pergunto : Você já viveu hoje?
O nosso foco é apenas uma extremidade desse desejo repentino . Afinal, queremos tudo .Queremos viver a vida intensamente. Queremos ser grande , mesmo que ainda o caráter seja pequeno. Queremos viver mas não na presença da vida.
Entenda somos seres a qual conhece apenas o imperativo. Gostamos dessa forma verbal. o Gerúndio é apenas para ver o tempo passar. Sentiu que ele passou? Se não ,use mais o gerúndio . Mas cuidado com qual tempo verbal você usa. Cuidado com os adjetivos colocados em cada frase falada. Cuidados com as virgulas ,os pontos finais, as exclamações. Se consideras a sua vida um texto, fique atento aos erros durante os parágrafos, durante as fases. Seja exigente para não fazer um "caminho de rato" e perceber isso só no final do texto. Não esqueça dos títulos e de guarda-los no seu coração. E por ultimo não esqueça de revisar. Isso revisar, para ver qual verbo mudar, e se o título merece ser dado a tal texto. Se há verdades ou se há apenas garranchos . Não seja tolo ao pensar que nada disso vale a pena. Porque vale. Só não esquece de jogar os rascunhos no lixo e muito menos de rasurar- se for preciso- pois é melhor fazer isso do que passar o corretivo e esquecer daquele erro que pode ser uma motivação pra você no futuro.

Portanto “faça”( imperativo opa ?!) a melhor redação. A melhor vida. O melhor humano. O melhor errante. Porque isso é ser um bom aluno é questionar e perguntar: Eu já vivi hoje?

Uma estrela, uma saudade..o tempo



Sou uma pessoa saudosista. Chorei vendo 2012 indo embora. Os fogos assumiram lembranças e pensamentos que foram embora junto com o colorido do céu. Vou sentir falta de você 2012, porque você me proporcionou ter um conhecimento mais abrangente sobre mim. Descobrir que nem uma metáfora me acalma e muito menos uma ironia sem causa. Conclui que sou vulnerável e paradoxa. Descobrir novos autores, novos amigos, novas escolhas. Descobrir que ter saudade também é bom, é saudável sincronizar o tempo , é só apertar o botão pausa, do lado esquerdo do seu coração.
Gosto de lembranças porque elas não sofrem metamorfoses e e nem muda de endereço. Elas são mais fieis do que eu , assumo. Eu mudo afinal. Mudo de roupa , de humor, de esmalte e de escolhas.
Um assertiva que tenho é que aprendizagem é algo que é infinito. A vida é tão rara como diz a musica de Lenine . O tempo não para como diz Cazuza. Mas temos o nosso próprio tempo, já dizia Renato russo .
Afinal viver , é aprender a ser. Ser humano.
De fato cada um sabe o que passou esse ano. E no intimo isso tudo é tão mais valioso. Valioso sim é ter uma vida que me faz escrever essas coisas prolixas enquanto deveria estar dormindo. Mas eu precisava me despedir de 2012 com um abraço e algumas palavras. Fazer isso é só olhar pro céu e pra dentro de você.
Sentir o ano de 365 dias passar em segundos diante de você, como um show. anunciando o seu epílogo. São momentos únicos esses. Pois é ali que o tempo me mostra que ele me venceu de novo.
Por isso gosto de ficar sozinha nesse momento. Para que ocorra uma possível exatidão. Um monólogo. Porque apesar de ainda ,existe aquela criança que tinha medo dos fogos de artifícios e de toda aquela bagunça de champanhe voando.
Superei esse medo, porque descobrir que a maior bagunça não é ali fora, naquele cenário, mas sim dentro de mim.
Diante a esse ambiente de mar, céu e cores eu me sinto impar. Me sinto assim desse jeito que não sei explicar. E gosto dessa coisa sem explicação. Todo esse sentimento interrogativo é culpa da minha saudade que se camuflou nos fogos de artifícios e acabou se perdendo por lá, virando uma estrela colorida, chamada 2012. Quando desejar lembra desse ano tenho duas escolhas: olhar para o céu ou pra mim mesmo.


E ai o que acharam ?
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