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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Uma poesia quase perdida




Eu sou poesia
Sou versos sem rimas
em estado paralelo
Tem horas que sou soneto e horas que sou verso livre soltos no limbo.
Tem horas que sou romântica mas daí lembro que preciso ser realista, e acabo quebrando a metáfora das frases.
Entretanto,
o que
sou mesmo é um barroco.
Um conflito, um contraste já tão costumeiro e sem fardo.
Contudo,de segunda a sexta sou parnasiana , só para combinar com a rotina que rima com disciplina .
Sou parnasiana à paisana, gosto da descrição e dos tercetos desenhados no papel.
Sou poesia.
Sou versos inacabados, versos brancos e meio coloridos.
Sou o neologismo que não faz parte daqueles de Guimarães Rosa.
Não sei em foco eu conto essa história.
Mas sei que não me chamo Aurélia, Luciola , e nem Iracema.
Já me disseram que meus olhos são normais , longe de serem oblíquos e dissimulados.
Sem heterônimos eu sei que vivo como uma pessoa normal.
Eu sou apenas uma poesia escrita
Em algum papel.
Sou a poesia que ainda não decidiu o seu tempo e seu estilo.
Está perdida. Precisa ser achada e colocada no lugar certo.
Ela precisa encontrar um lugar para pousar.
Seja no coração, na música ou no papel.
Em que lugar era pousará?
Eis a questão

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