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sábado, 23 de novembro de 2013

O que eu sinto é de propósito.



De proposito ao natural a minha fala diz que não tem medo de esperar.
Só tenho medo do tempo na escala contrária. Aquela desprovida dos nuances da trivialidade.
Espero que a lentidão faça parte do meu relógio. Que o ponteiro se cansa , e do nada pare. Pare, pare pensar.
Espero não ser a errante da estrada. Não quero me preocupar tanto assim com que toque vou colocar no meu celular. E nem com o latino canino, do apartamento 301.
Eu , só quero um café de esquina. Pode ser uma confeitaria, um bistrô, ou até no bar Zeca. Meu desejo, é sentir , para não me acostumar. Só isso .É pensar que o choro , limpa. E que a risada pode ser falsa. Sem paradoxo para essa frase. E por favor, sem maniqueísmo para um pobre ser humano proveniente de normalidade.
Sem extremos eu digo que quero menos fardos. Quero um olhar sensível e um coração filtrado.
Quero muitas coisas. Mas são poucas coisas que vale o tamanho vazio que é a minha cabeça. Não sou feita de virtudes e por isso não digo o que vem na minha cabeça. Digo o estranho. Deixo as palavras soltas no limbo, em efeito de dicionários. E depois falo.
Estranhamente eu sei que sou.
Sei que , o que existe em mim ainda é segredo.
È segredo porque não sei andar ainda, sem olhar para atrás . O meu passado longínquo não encontrou o seu lugar. Continua presente , perdido no meio da saudade das fotos velhas, em meio de traças e sujeiras.
A nobreza da lembrança é tão importante que precisa ser registrada em fotos. Um monumento inquestionável.
Não sei para que. Acho que fotos sofrem de solidão. E por isso precisam de nós. Pobres humanos.
Digo que a minha lembrança a paisana é preguiçosa e não quer se lembrar de certas coisas. Ok?
Por isso, devaneios estranhos que aproveitam a presença da minha fraqueza humana e vem me visitar. Digo lembranças , vão dormir. Me deixam aqui sozinha.
Espero não estar parecendo maluca.
Não é tensão pré menstrual.
São pensamentos.
Que estão latentes e rebeldes, necessitando de uma dipirona.
Eu sei, que isso está longe de um pesadelo
Isto está perto de mim.
Ou perto do sujeito indeterminado hipócrita que fui.
As fotos , já não recordam. Mas corta.
Porque?

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